MAB convida para exposições
Blumenau

MAB convida para exposições


A Fundação Cultural de Blumenau convida a comunidade para prestigiar, na próxima quinta-feira, 19, a abertura de exposições do acervo de obras da artista plástica Elke Hering Bell, no MAB, Movimento Índio, de Elias Andrade, na Sala Oficial do Museu, Real e de Viés, de Álvaro de Azevedo Dias, na Sala Especial do MAB, a exposição de Telomar Florêncio, na Sala Alberto Luz, e Tributo à Mulher, na Galeria do Papel.

A abertura das mostras acontece às 19h30min, quando também será lançado o livro Escola da Vida – caminho para a felicidade, um romance de Wilson Pereira Figueredo. A Fundação Cultural fica na Rua Quinze de Novembro, 161, e a visitação às exposições poderá ser feita até 21 de abril, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13h30min às 17h30min; sábados, domingos e feriados, das 10 às 16 horas. A entrada é gratuita.

A escultora, desenhista e gravadora Elke Hering começou sua carreira em 1957, buscando aperfeiçoamento da arte no exterior. Realizou mostras coletivas e individuais e em 1970 ajudou a fundar a Galeria Açu-Açu. Anos depois criou o Ateliê Elke Hering - tudo sempre com o apoio do marido Lindolf Bell. Em sua evolução artística foi agraciada com inúmeros prêmios, com destaque para a Menção Honrosa da Escola de Belas Artes de Munique, na Alemanha.

Com a denominada universalização das tendências abstratas nas artes plásticas, duas diretrizes se definiram: a de conteúdo emocional, que se limitou ao sensível, e a de conteúdo substrato especulativo, portanto racional, que originou o geometrismo. São duas expressões distintas. A pintora Elke Hering Bell, integrada no abstracionismo, representa pictoricamente a junção dessas duas correntes, tendo a seu favor a preocupação invisível de aliar o sensível à razão. Difícil tarefa, e a preocupação, em verdade, não é consciente. Elke faleceu em 19 de fevereiro de 1994, aos 53 anos, vítima de câncer de mama.

Telomar Florêncio

Telomar nasceu em Blumenau, no dia 26 de outubro de 1957. Quando era criança, o melhor brinquedo que podia ganhar era uma caixa de lápis de cor. Quando precisou trabalhar, aos 13 anos, foi para uma sessão de desenhos de uma gráfica, como desenhista de rótulos e embalagens. Daí a se tornar um artista plástico foi só uma questão de tempo para conhecer, por conta própria, as propriedades de cada tinta e os materiais certos para trabalhar.

No início de sua carreira o artista era especialista em paisagens. Até hoje muitas pessoas o reconhecem pelos traços definidos de imagens quase fotográficas. Observador arguto, cedo aprendeu a arte de combinar cores, dando-lhes tonalidades agradáveis e criando, inclusive, novos padrões, harmonizando com o temperamento inquieto e curioso, na ânsia jovem de desenvolver idéias originais e diferentes.

Mas chegou um tempo em que Telomar se cansou do convencional e passou a criar a partir de fantasias da sua cabeça. Hoje utiliza principalmente a técnica mista sobre eucatex. Suas obras variam entre os estilos surrealistas, impressionistas e expressionistas. “Gosto do mar e da vida dos pescadores. Não me canso deste tema”, explica o artista, que busca na memória as imagens para pintar pequenos paraísos da região.

Autodidata por excelência, participou de incontáveis exposições individuais, leilões de obras (muitos beneficentes) e ganhou vários prêmios. Além de artista plástico hoje Telomar é também publicitário autônomo. Numa individual na Furb, em 1985, da série O Homem e o Espaço, Telomar pendurou as telas no teto, e quem quisesse observar a fundo as obras, era obrigado a se deitar num divã. Trata-se de um artista irreverente, que transmite em sua arte seus pensamentos sem fronteiras.

O Índio

Elias Andrade ou Índio, como é mais conhecido, nasceu em Sambaqui, Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina, no dia 23 de janeiro de 1956. Artista plástico autodidata, tem suas obras expostas em vários países da Europa, das Américas e da Oceania. Começou a desenhar ainda menino e, na falta de lápis e papel, traçava seus desenhos na areia, com qualquer pauzinho que encontrasse. O artista começou a expor seus trabalhos somente em 1976, época em que trabalhava em uma empresa e aproveitava o horário de almoço para criar suas obras de arte.
O desenvolvimento como artista plástico acompanhou o crescimento do homem engajado, que luta pela justiça social, pela preservação do meio ambiente e acredita no direito de cada cidadão ter acesso a obras de arte, mesmo que seja somente para apreciá-las. Por isso, Elias leva seus trabalhos onde está o público.
Já expôs suas obras sob as pitangueiras de Sambaqui, nos muros das fortalezas da Ilha de Santa Catarina e em enormes painéis, no meio do Rio Ratones. Este último local foi escolhido para denunciar o aterramento de um braço do rio que daria lugar a um empreendimento turístico, e, para ver suas obras, o público era levado em barcos e baleeiras. Algumas vezes transformou suas exposições em eventos culturais, associando-as a apresentações folclóricas de pau-de-fita, boi-de-mamão ou brincadeiras infantis típicas da Ilha.
Elias Andrade tem seus trabalhos reconhecidos no exterior, e suas obras podem ser encontradas na sede da Unesco, na Suíça, e em países como Portugal, Alemanha, França, Itália, Espanha, Argentina, México, Canadá, e Estados Unidos.
Texto escrito por Irina Bunning - Jornalista.

Álvaro de Azevedo Diaz

Como pensar o mundo através de fotografias que não correspondem com a imagem que temos dele? Diante das paisagens capturadas pela câmera de Álvaro de Azevedo Diaz, somos surpreendidos com horizonte curvo, objetos distorcidos, cores de intensidade inesperada: a fotografia não coincide com as imagens do mundo e não o “reflete”.
Um ponto importante a ser considerado na análise das imagens produzidas por Álvaro é a natureza do equipamento elegido por ele: a câmera pinhole. Este equipamento pode ser construído artesanalmente e constitui-se de um ambiente oco e escuro (uma lata, uma caixa de sapatos, etc.), um pequeno furo em uma das faces e material fotossensível (filmes ou papéis fotográficos). Duas de suas características são determinantes para o método de trabalho do fotógrafo e para a leitura das imagens produzidas com esta técnica: a ausência de objetiva e de visor.

Tributo à Mulher

Escritores de Blumenau vão homenagear as mulheres com seus textos, na Galeria do Papel. A exposição Tributo à Mulher é referente ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Na noite de abertura da exposição, mulheres de vários segmentos da sociedade blumenauense vão ser homenageadas.

Mulher

Mulher, aquele outro ser;
do berço ao último terço,
nem igual, nem diferente,
apenas mulher.

Delicada como a flor,
dedicada com amor,
subjetiva como a arte,
da qual é peça-parte.

Mulher feia não existe,
a percepção é deturpada;
a beleza jovem não subsiste,
de fora para dentro terá migrada.

Mulher, aquele belo ser;
para o homem, um alento,
a ação, a visão, a ilusão,
basta haver a mulher.

Klaus Rehfeldt

Escola da Vida

O livro "Escola da Vida - Caminho para a felicidade" é um romance que conta a história de um menino de rua viciado em álcool e drogas. "Escola da Vida - Caminho para a felicidade" vem mostrar para o leitor que a verdadeira felicidade não está nos prazeres desse mundo material e que somente quando exteriorizamos ao máximo o nosso amor e trabalhamos de verdade para o bem de todos, constatamos, admirados, o quanto a nossa própria vida se enche de alegria.

Wilson Pereira Figueredo nasceu no dia 19 de novembro de 1968, em Santa Cruz de Monte Castelo/PR. Viveu a adolescência trabalhando na roça com os pais, chegando a Blumenau em 1985, aos 17 anos, passando a desenvolver várias atividades profissionais. Atualmente é funcionário publico municipal.
Com varias poesias e contos escritos desde adolescência, teve o seu primeiro trabalho publicado pela editora Biblioteca 24x7, São Paulo capital, obra intitulada "Escola da Vida – Caminho para a felicidade".

Repórter: Marilí Martendal (Prefeitura de Blumenau)



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